Ele precisou parar de acreditar nas histórias que lia para poder viajar.
Começou a olhar para si mesmo, andar com seus próprios pés, pensar e agir conforme o seu mundo e seu ritmo, para daí então entender o que sempre foi seu e o que um dia poderá vir a ser.
Só daí ele fez o que achava certo, deu valor as suas próprias escolhas afinal é preciso o frio para gostar do calor, ou do calor para desejar o frio. Sentiu a distância e o desabrigo antes de encontrar seu teto. Chorou.
Mas ele viajou e não se arrepende, parou de acreditar nas histórias que lia e foi para lugares que não conhecia, deixou a arrogância de ver o mundo como os outros mandavam para poder descobrir como o mundo pode ser.
Ele era mestre da imaginação, mas desejava ser aluno da realidade para poder viver.
Ana Alencar
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